A presidente Dilma Rousseff vetou nesta segunda-feira o artigo 141 da
Medida Provisória 656/14, apresentado no fim de 2014 que previa um prazo de 20
anos para quitação de débitos dos clubes sem nenhuma contrapartida.
Mandatário do Palmeiras, Paulo Nobre concordou com a atitude da presidente e
garantiu que as agremiações esportivas não precisam de uma anistia. Em
entrevista ao "Arena SporTV",
o dirigente disse que as equipes devem conseguir renegociar suas dívidas para
que possam cumprir com os seus compromissos.
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Paulo Nobre, presidente do Palmeiras, elogiou o veto da presidente Dilma Rousseff |
- A minha opinião sobre
essa lei eu já falei várias vezes. Na minha opinião, futebol é praticamente uma
religião nacional. Por esse motivo eu admito que dinheiro público venha a
salvar os clubes que estão nessa situação que estão hoje. Porém, sem
contrapartida não faz o menor sentido envolver dinheiro público para ajudar os
clubes. Se isso não acontecer, em dez anos você vai ter a mesma situação que
estamos vivenciando (...). Eu sempre digo que não queremos essa anistia. Nós
queremos um refinanciamento das dívidas em um ponto que os clubes possam pagar
os seus compromissos. Mas é claro que é preciso ter punição caso alguém não
cumpra o acordado.
Paulo Nobre cobrou que os
dirigentes precisam ser responsabilizados pelos seus atos. De acordo com o
presidente do Palmeiras, caso não exista esse tipo de cobrança, os clubes
terão, em pouco tempo, os mesmos problemas que estão passando atualmente.
- Não adianta você criar uma
bolha no seu mandato adiantando receita e não pagando impostos. Você não pode
ser campeão, você será rebaixado. Acho também que tem que ter punição ao
dirigente, pessoa física, que eventualmente possa causar essas situações que
estamos vendo.
Nobre revelou que Luiz
Gonzaga Belluzzo e Arnaldo Tirone, ex-presidentes do Palmeiras que não tiveram
as suas contas aprovadas, estão sendo alvos de uma sindicância. O
dirigente não quis adiantar possíveis punições, mas disse que todos precisam
ser responsáveis pelos seus atos.
- No
Palmeiras os dois presidentes que não tiveram suas contas aprovadas são alvos
de uma sindicância. E a sindicância, obviamente, caso o Conselho assim entenda,
terá punições. Belluzzo e Tirone foram os dois últimos presidentes que não
tiveram suas contas aprovadas. Prefiro deixar isso para a sindicância, não sei
se estatuto prevê punição com bens e expulsão do clube, depende da medida da
responsabilidade de cada um. Não estou pré-julgando, há uma comissão de sindicância
que analisa a responsabilidade ou não. No Palmeiras a coisa não vai ficar
barata.
Fonte: Globoesporte.com
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